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UNI-BRINK-O-QUÊ? : UMA PROPOSTA DE BRINQUEDOTECA UNIVERSITÁRIA

Autores: Andreza de Jesus dos Anjos; Antonete Araújo Silva Xavier; Carla Andréa Silva; Carla Manuella de Oliveira Santos; Érica Aparecida de Sá; Isaura Santana Fontes; Larissa Oliveira da Conceição Moutinho; Linley Cristine Costa Martins; Marilde Chaves dos Santos; Marta Pereira Santos; Mônica Lemos Bitencourt; Paula Renata dos Santos Carlos; Suely Castro de Almeida Pereira, Taís Viana Villa Ribeiro.


APRESENTAÇÃO

O presente projeto parte do pressuposto de que o maior desafio das Brinquedotecas no contexto da universidade é a institucionalização e o reconhecimento de que os movimentos do brincar e da ludicidade são relevantes para todos, e não só para a infância. Entendemos esta como um espaço multirreferencial de formação e aprendizagens, que têm potentes possibilidades de articulação formativa entre a universidade e a sociedade, aliando as ações de ensino, pesquisa, inovação e extensão para potencializar e fortalecer projetos e ações voltados para as manifestações e difusão da ludicidade. No contexto da universidade poderão ser distribuídos nos espaços comuns, dispositivos lúdicos institucionais, no sentido de fomentar a valorização e relevância da cultura lúdica, tanto no âmbito formal quanto no informal, podendo atender a instituições públicas ou privadas.

A brinquedoteca é legalmente prevista em alguns cursos como laboratório de ensino, mas entendemos que ela pode beneficiar todas as áreas, por considerar o campo da ludicidade e suas manifestações relevantes para todas graduações, configurando-se como um espaço multirreferencial de formação e aprendizagens. Nesse sentido, visualiza-se ainda garantir a gratuidade do acesso ao espaço da brinquedoteca universitária ao público em geral, mediante regulamentação (ou diretrizes) internas da instituição de ensino, conferindo acesso ao brincar a todos que desejarem.

O contexto considerado e o período da pandemia Covid 19 e dos pós pandemia, nos quais as pessoas precisam de cuidados especiais e especializados, sendo necessário nesse contexto, reaprender a nos relacionar conosco, com os outros e as diversas ambiências. As manifestações da ludicidade ganham novas configurações, tendo em vista a necessidade de compreender e encontrar alternativas para o fomento e a garantia dos direitos subjetivos e das coletividades tendo a ludicidade como mediação.

Caberá ao órgão institucional competente pela infraestrutura organizar os critérios e diretrizes do espaço físico da Brinquedotecas Universitárias que deverão preferencialmente ter um layout composto dos seguintes ambientes: Administração que deverá contar com recepção, secretaria e almoxarifado; Banheiros, sala de atividades, sala de observação, oficina de brinquedos, copa, área externa; A organização do espaço físico atende ao público e atividades (projetos) que acontecem na brinquedoteca e Espaços de convivência externas.


MISSÃO

Incorporar a cultura lúdica e fomentar as manifestações da ludicidade no ambiente universitário bem como conferir acessibilidade ao brincar livre mediante a defesa, incentivo e difusão do direito ao brincar em qualquer idade, entendendo a brinquedoteca como lugar para aprender, ensinar, se divertir, produzir e difundir conhecimentos.


VISÃO - Ser um espaço de ensino, pesquisa, extensão e inovação no qual o brincar e as demais manifestações da ludicidade possam se expressar, se potencializar e se difundir enquanto dimensão fundante e ontológica de nossa existência e transcendência.


VALORES - Brincar livre e espontâneo; Manifestações da ludicidade em qualquer idade; Articulação com as escolas de educação básica; Humanização; Ambiência salutar; Acessibilidade; Diversidade; Sustentabilidade; Contextualização com a realidade local; múltiplas linguagens (arte, corporeidade); Difusão do direito do brincar nos diversos segmentos da sociedade civil.


OPERACIONALIZAÇÃO

A brinquedoteca se compõe em um lugar que fornece condições para o brincar em qualquer idade, de forma intuitiva e criativa, expressando-se livremente. Um lugar afável, ativo, descontraído, onde prevalecem boas relações entre aqueles que estiverem presentes, com livros educativos, jogos, materiais não estruturados, brinquedos e o brinquedista. O espaço físico deve ser acolhedor, cheio de cores, organizado e higiênico, com espaços aconchegantes, onde a interações lúdicas acontecem. Assim, as atividades e projetos desenvolvidos deverão atender as necessidades e demandas do espaço institucional, valorizando a essência da brinquedoteca.


INVESTIMENTO

Contará com recursos financeiros da própria Instituição, no tocante à instalação, produção de eventos, materiais de consumo, materiais permanentes e recursos humanos (técnicos e bolsistas). A proposta orçamentária para cada exercício será encaminhada à apreciação da Coordenação Financeira, atendidos os prazos de elaboração do orçamento, com posterior prestação de contas.

Prevê-se de receita as dotações orçamentárias e as concedidas em créditos adicionais que lhe forem consignadas; os recursos oriundos dos convênios, acordos, contratos, editais internos e externos ou denominações congêneres; as rendas patrimoniais e as receitas da prestação de serviços educacionais e outras receitas de qualquer natureza e origem, na forma da lei.


AVALIAÇÃO

A retroalimentação do projeto dar-se-á por meio de ações avaliativas periódicas (semestrais, bimestrais), com a escuta dos atores envolvidos no processo de desenvolvimento. A escuta se dá através da observação dos estagiários, monitores, e brinquedistas, dos próprios interlocutores em momentos diferentes, trazendo elementos de retroalimentação das propostas preconizadas no projeto, para repensar coletivamente as ações, os tempos e os espaços.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim, esse projeto preconiza o que está posto na Constituição Federal de 88, instituindo para o indivíduo o direito ao lazer, conforme indica o artigo 6º da CF, de acordo com esse direito e pensando no desenvolvimento humano, faz-se necessário efetivá-lo na instância Estadual e Municipal, difundi-lo na sociedade civil na intenção de garantir melhorias na condição da vida humana por meio dos espaços das brinquedotecas.


REFERÊNCIAS

ABBri. Associação Brasileira de Brinquedotecas. Formação de Brinquedista e organização de Brinquedotecas. São Paulo, 2021. Apostila.

MARTINS, João Batista. Contribuições epistemológicas da abordagem multirreferencial para a compreensão dos fenômenos educacionais. Rev. Bras. Educ. [online]. 2004, n.26, pp.85-94. ISSN 1809-449X. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-24782004000200007. Acesso: 12 de março de 2021.

WEBER, Carla Josiele. Brinquedoteca universitária: concepções e estratégias de construção. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd198/brinquedoteca-universitaria-concepcoes-e-estrategias.htm. Acesso: 26 de março de 2021.

XAVIER, Antonete Araújo Silva. Ciberateliê brinc@nte: ambiências lúdicas e formação na cibercultura. 251 f. 2020. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2020.

FRÓES (2000, p. 34), como espaços multirreferenciais de aprendizagem, em que há a perspectiva de uma multiplicidade de referenciais, de natureza sociocultural, “[...] onde as interações se processam no sentido da construção de indivíduos e coletivos sociais” (FRÓES, 2000, p. 34).




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